Pesquisadores da firma francesa Accenture Technology Labs desenvolveram uma tecnologia para celulares atuais 3G equipados com câmera digital que em breve poderão ser utilizados como uma ferramenta importante para obter informação.
O Pocket Supercomputer ainda é um protótipo, mas já começa a modificar a maneira de se utilizar um celular para encontrar informação sobre produtos ou anúncios, atualmente feitos apenas via digitação de termos em um sistema de busca WAP.
Um impressionante vídeo divulgado pelo NewScientist, demonstra a aplicação de um celular com a câmera ativada e pesquisando itens como, por exemplo, uma embalagem de salgadinhos japoneses. Neste caso, o celular informa, via voz que a embalagem contém um ingrediente ao qual o usuário é alérgico.
Quando a capa de um livro é captada pela câmera, rapidamente uma comparação de preços em diversas lojas é feita, ou ainda resenhas são encontradas. O sistema funciona através de uma integração em tempo real entre um servidor central e o aparelho, que rapidamente compara itens filmados com imagens previamente cadastradas em um banco de dados.
O servidor, então, que roda um algoritmo chamado Scale-Invariant Feature Transform (SIFT) encontra informações relevantes que são enviadas de volta ao celular. Este algoritmo utiliza milhares de pontos de referência, capazes de analisar características físicas e retornar resultados precisos.
Fredrik Linaker, líder de desenvolvimento da ferramenta, explica que para criar um banco de dados de 5 mil itens, os pesquisadores levam aproximadamente um dia, embora para que a verificação de um objeto ocorra basta alguns milisegundos.
O uso de um servidor central é importante porque é difícil armazenar um banco de dados muito grande em um celular, além de ser difícil também propor um software genérico para qualquer marca e modelo, explicou Krystian Mikolajczyk, da Universidade de Surrey, na Inglaterra.
David Lowe, da Universidade de British Columbia, no Canadá, que em 2004 desenvolveu o algoritmo empregado no invento, acredita que sua criação será muito útil para celulares, se tornando um método conveniente para os usuários que queiram informações sobre objetos e locais.
Mesmo que a tecnologia ainda possa demorar a ser incorporada na vida dos consumidores, a Accenture já planeja utilizar o Pocket Supercomputer para fins científicos. Entre as aplicações possíveis para a tecnologia está estudar o uso dos celulares, auxiliar na navegação de robôs ou até mesmo auxiliar pessoas cegas.
O vídeo mostra também o celular sendo utilizado para reconhecer uma placa de vídeo e ensinar ao usuário como instalá-la ou ainda demonstra como seria possível utilizar a câmera para navegação em mapas e objetos 3D.
A Accenture não é a única empresa a pesquisar reconhecimento via imagem em celulares. A Microsoft tem um sistema chamado Lincoln, em que um usuário realiza capturas de tela e envia-as para identificação. Já a californiana Evolution Robotics, usa vídeos para identificar objetos com uma tecnologia em uso no Japão e batizada de ViPR.
Fonte : Geek
E é claro o vídeo:
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